quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ELES VIVEM


Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
 
Eles não morreram.

Estão vivos.

Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.

Eles sabem igualmente quanto dói a separação.

Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.

Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.

Pensa neles com a saudade convertida em oração.

As tua preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.

Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.

Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...

Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.

Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

CHICO XAVIER E A PRESERVAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA


Antonio Cesar Perri de Carvalho*
     Em outubro, tradicionalmente evoca-se a data de nascimento de Allan Kardec e ocorrem muitos eventos alusivos à efeméride.
     Desde as obras do Codificador, como em inúmeras mensagens espirituais, o Centro Espírita é apresentado como a base do Movimento Espírita.
     O Conselho Federativo Nacional da FEB tem aprovado significativos documentos de trabalho – frutos de elaboração coletiva -, como Orientação ao Centro Espírita. Lançado em 1980, tem sido reeditado, revisado e constantemente divulgado em sua versão mais atual (1). A obra kardequiana é a base no citado trabalho.
     Um fato histórico é que Francisco Cândido Xavier escreveu uma missiva ao casal Galves, seus amigos de São Paulo: “Com grande reconforto, li o Editorial [...] no número último de Reformador [...] quanto à necessidade de preservarmos o Centro Espírita contra a intromissão de trabalhos nascidos da ingenuidade humana em prejuízo dos princípios formulados por Allan Kardec” (2).
     Chico Xavier se referia ao Editorial “Preservemos o Centro Espírita”, onde se alerta para que não ocorra desvio das finalidades do Centro Espírita. O reconforto sentido por Chico deve ser, para todos nós, motivo de inspiração para o rumo de fortalecimento das instituições espíritas nos fundamentos kardequianos (3).
     O Editorialista focaliza Orientação ao Centro Espírita e comenta que principalmente na atualidade, em que surgem modismos de teorias e práticas, o Centro Espírita deve ser entendido e concretizado: “[...] como núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita” (1). “Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se pretende servir” (3).
     Em significativa mensagem, Emmanuel considera que o Centro Espírita: “É uma escola onde podemos aprender e ensinar, semear o bem e colher as graças, burilarmo-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna” (1, 4).
     No mês evocativo do natalício de Kardec, pensemos nos compromissos com a base do Movimento Espírita!
Referências:
1) Conselho Federativo Nacional. Disponível em: Orientação ao Centro Espírita,http://www.febnet.org.br/ba/file/Downlivros/orienta.pdf/. Acesso em 16/09/2012.
2) GALVES, Nena. Chico Xavier – Luz em nossas vidas. São Paulo: Ed. CEU, 2012. p.21-25.
3) Preservemos o Centro Espírita. Reformador, março de 1992. Editorial. p. 66.
4) XAVIER, F.C. Pelo Espírito Emmanuel. “O Centro Espírita”, Reformador, janeiro 1951.
 * Antonio Cesar Perri de Carvalho, presidente interino da FEB e membro da Comissão Executiva do CEI.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

X MÊS ESPÍRITA DE MAGÉ

     Para todos nós do 6º CEU, o mês de outubro é sempre muito especial, pois além de comemorarmos o nascimento de Allan Kardec, é o mês em que o nosso Conselho promove o MÊS ESPÍRITA DE MAGÉ, este ano em sua 10ª edição e com o tema central "ESPIRITISMO, UMA NOVA ERA PARA A HUMANIDADE".

     Este ano teremos dois novos eventos: um pinga-fogo e um seminário. Com certeza, esta é uma excelente oportunidade para aprimorarmos nosso conhecimento acerca do Espiritismo e também estreitarmos os laços de fraternidade com todos os nossos companheiros de ideal. Participe!

Clique para ampliar e confira a programação:


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

E A VIDA CONTINUA

Acabei de assistir ao extraordinário filme “E a Vida Continua...”!
É mais um sinal de que a humanidade está amadurecendo, deixando de preocupar-se apenas com as banalidades da vida, questionando-se a respeito de temas que dizem respeito a todos nós, viajores imortais, transitoriamente vinculados à argamassa celular para desenvolver os potenciais latentes que dormitam em nós.
A cada ano, escalamos um pouco mais a pirâmide de Maslow rumo a um vértice que tem como proposta nossa identificação plena com as leis divinas, que estão inscritas em nossa consciência, conforme muito bem apresentou o filme.
De forma magistral, vemos a afinidade entre os seres, que reúne espíritos através de uma lei milimetricamente calculada, dando atestado de óbito definitivo ao velho acaso.
Vemos a demonstração e o desdobramento da frase que diz que “o criminoso sempre retorna ao local do crime”, sob a ótica ampliada da imortalidade.
Meditamos em torno da lei humana, que muitas vezes tentamos burlar, e da inigualável lei divina, que lança luzes sobre absolutamente todos os atos de nossas vidas, convidando-nos ao reajuste ou liberando-nos da culpa após a reparação.
A velha teoria do céu e do inferno cai por terra frente aos argumentos lógicos e poderosos ali expostos.
É emocionante assistir na tela dos cinemas explicações a respeito do períspirito, reencarnação, lei de causa e efeito, obsessão, refletirmos sobre a importância da família e a urgência do perdão, enquanto estamos a caminho.
Quem diria que, há bem pouco tempo, ser espírita no Brasil era crime punido com multa e detenção de um a seis meses, segundo o Código Penal de 1890.
Hoje, vemos temas estudados pelo Espiritismo, mas que não são criações e nem patrimônio exclusivo nosso, expostos de maneira clara para que todos vejam.
Conforme o Espírito de Verdade, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec:

“Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.”
“As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo”.

Parabéns a Oceano Vieira e a todo elenco, composto por grandes atores, dentre eles Amanda Costa, Luiz Bacelli e Lima Duarte.
Obrigado, Chico Xavier e André Luiz, por mais esta pérola da literatura espírita, que é o livro “E a Vida Continua...”, que deu origem ao filme homônimo.
(Flávio Castelhano - Serviço de Educação Espírita do 6º CEU)